O cenário de reserva social e de distanciamento a que o COVID-19 nos obrigou impõe às empresas novos desafios que impactam de forma decisiva as suas operações diárias. Uma das ferramentas que as empresas têm ao seu dispor para fazer frente à situação são as moratórias de crédito, que se assumem como argumentos vantajosos do ponto de vista estratégico para agilizar a viabilidade económica das diferentes organizações.
Colocando a questão em termos simples, a moratória não é mais do que a suspensão de um pagamento por determinado período de tempo. O Governo aprovou uma moratória de seis meses – até 30 de setembro de 2020, portanto – período em que os bancos não podem executar dívidas das empresas, com possibilidade de uma extensão a este prazo.
A carência de capital e juros aplicados às empresas e o alargamento dos prazos de financiamento que decorrem das decisões do Governo são ferramentas que têm como objetivo principal um apoio à regularização das situações de tesouraria. A legislação, já aprovada, levou a que diferentes instituições financeiras tenham já definido modus operandi para a concessão das moratórias aos seus clientes.
O que muda para as empresas?
As empresas e grupos têm nas moratórias de crédito aliados para combater os problemas de tesouraria que impedem amiúde o cumprimento das obrigações contratuais. Em linhas gerais, as moratórias permitem ao tecido empresarial:
- Alargarem num período de até seis meses os prazos os pagamentos das prestações mensais nos créditos de médio e longo prazo;
- Prolongarem prazos de pagamento de financiamentos aplicando modelos de leasing por um período adicional de 12 meses;
- Assegurarem as disponibilidades de financiamento aos clientes atuais e renovarem os planos aprovados por prazos até 180 dias.
Os planos de aplicação das moratórias divergem consoante a instituição bancária, mas os princípios são no geral os mesmos: o de aliviar a tesouraria das empresas e de garantir viabilidade financeira para enfrentarem as problemáticas dos dias de hoje.
Na escolha do tipo de moratória é importante equacionar outros fatores como por exemplo valores de taxas de juro, moratória total (capital e juro ou só capital), que contratos deverão ser englobados, entre outros. Por outro lado, dispor de ferramentas que permitam simular o impacto nos cash flows e na posição tesouraria antes de uma tomada de decisão.
A gestão dos contratos financeiros por si só já é um tema desafiante, a questão das moratórias vem reforçar a importância que uma Plataforma que permita a gestão global dos fluxos financeiros poderá trazer, de mais valia, à sua gestão de tesouraria.
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